Para emprestar esse livro ou ver outros livros disponíveis, clique AQUI!
Arquivo da categoria: Sem categoria
Cem dias entre Céu e Mar
Para emprestar esse livro ou ver outros livros disponíveis, clique AQUI!
No meio da narrativa de sua travessia solitária num pequeno barco a remo entre a África e a Bahia, Amyr Klink nos revela a sua atração pelos relatos de expedições marítimas de três navegadores que fizeram a conquista do pólo sul. Segundo Amyr, eram relatos fascinantes, principalmente porque ele os lia sentado numa escrivaninha, na casa da família em Paraty. Assim dizendo, o autor desvenda o segredo das histórias que leu e das que escreve desde então: aventura é aventura mesmo quando é vivida e, depois, contada. Os mares a que Amyr Klink se lançou já tinham sido antes por vários outros navegados. Não havia propriamente novidade no trajeto, que muito se baseava nas avenidas abertas entre correntes e ciclos de ventos pelos portugueses dos tempos dos grandes descobrimentos. Também não havia grande espanto no pequeno tamanho do barco a remo, já que outros de seu porte já tinham vencido águas geladas e raivosas. Mas sobrava a vontade de se valer das experiências anteriores para desenhar um desafio: o de querer fazer e conseguir juntar gente em torno de uma idéia. A preparação da viagem é tão rica em coincidências e cuidados quanto o desenrolar dos dias no mar é rico em peripécias. As emoções vêm do respeito às grandes tempestades, dos sustos com os ataques dos tubarões, das belas surpresas, como a companhia dos peixes dourados, e do maravilhamento com a aproximação de uma creche: filhotes de baleias, fêmeas e um zeloso macho negro. O cotidiano é feito de remar oito horas por dia, de fazer cálculos precisos, de tirar alegria da refeição deliciosamente desidratada, e de ter muito tempo para só contar consigo diante do poder maior da natureza. Dessa rotina surge um homem sem dúvidas, forte o suficiente para traduzir o que aprendeu, em belas frases (O medo de quem navega não é o mar, mas a terra) ou em sinceros e sábios lugares-comuns (No mar, o menor caminho entre dois pontos não é necessariamente o mais curto, mas aquele que conta com o máximo de condições favoráveis). Ao final da leitura, também na escrivaninha ou no sofá, o leitor sente-se um pouco aprendiz dos mares, e disposto a enfrentar um de seus medos, aliás o único permitido ao navegador: o medo de nunca partir.
Fonte:http://www.livrariabrasil.net/product_info.php?products_id=97
A Jangada de pedra
Para emprestar esse livro ou ver outros livros disponíveis, clique AQUI!
Contracapa: “Mãe amorosa, a Europa afligiu-se com a sorte das suas terras extremas, a ocidente. Por toda a cordilheira pirenaica estalavam os granitos, multiplicavam-se as fendas, outras estradas apareceram cortadas, outros rios, regatos e torrentes mergulharam a fundo, para o invisível.” Pois os Pirineus racham-se por inteiro: a Península Ibérica se desgarra do resto do continente e passa a flutuar no oceano como uma ilha – uma jangada de pedra. “A esse espetacular acidente geológico somam-se outros insólitos que unem os quatro personagens principais do romance numa viagem apocalíptica e utópica pelos caminhos da linguagem e, por meio dela, pelos da arte e da cultura peninsulares”, nas palavras do poeta Carlos Vogt. Um grande romance de um dos maiores escritores da literatura em língua portuguesa.
O Cortiço
Para emprestar esse livro ou ver outros livros disponíveis, clique AQUI!
Este livro é de domínio público e está disponível em pdf.
Contracapa:
PAULUS Editora é uma entidade filantrópica formada pelos Padres e Irmãos Paulinos, com caráter beneficente, assistencial, social e educativo.
Este volume integra o projeto Leitura para a Cidadania, que consiste na doação anual de milhares de livros para a formação educacional de crianças, adolescentes e adultos em escolas públicas, hospitais, presídios e entidades sociais de todo o país.
A PAULUS Editora tem consciência de que acreditar no Brasil é também investir em educação, possibilitando, a um maior número de pessoas, o acesso ao que existe de melhor na cultura.
“O Cortiço”, um retrato da vida urbana no fim do século 19
Romance ambientado no Rio de Janeiro desenha painel da sociedade brasileira e de suas relações sociais, econômicas e de poder
Denunciar as mazelas sociais e se afastar da visão fantasiosa da vida, presente no romantismo. Estes eram os principais objetivos do movimento literário Realismo-Naturalismo, no qual “O Cortiço” se insere. O romance de Aluísio Azevedo, publicado em 1890, desenha um amplo painel da sociedade do Rio de Janeiro do fim de século 19 e de suas relações sociais.
“Esse livro é um cânone. É um dos primeiros que trata, sobretudo, das personagens que trabalham. Ele dá visibilidade à figura do trabalhador”, destaca Angela Maria Rubel Fanini, doutora em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e autora da tese “Os romances-folhetins de Aluísio Azevedo: aventuras periféricas”.
Em “O Cortiço” temos uma gama de personagens trabalhadores, de diferentes profissões – lavadora, ferreiro, operário – reflexo das transformações que o País enfrentava: determinação do fim do tráfico negreiro (1850) e da escravatura (1888), decadência da economia açucareira, industrialização e crescimento das cidades. Azevedo tenta fotografar o real e traz todos esses elementos e conflitos para o romance.
A história se dá em dois ambientes principais bem diferentes, o cortiço do João Romão e o sobrado do Barão Miranda, figura que representa a elite brasileira. “Temos a presença de várias camadas sócio-econômicas, desde a classe dos mais humildes, passando pela pequena classe média, burguesia e elite. O autor faz uma síntese da sociedade naquela época”, ressalta Angela, que também é professora de Letras da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Angela aconselha os estudantes a prestarem atenção nos diversos conflitos que a obra apresenta. “Há relações de conflito interracial, oposição entre escravidão e trabalho livre, brasileiros e portugueses – havia uma animosidade, por conta da colonização”, afirma a professora.
O romance pretende denunciar a exploração do homem pelo próprio homem, expondo situações e relações de poder dentro de uma habitação coletiva. A leitura atenta leva a compreensão da proposta do Realismo-Naturalismo, que era pautado pela razão e pretendia fazer uma investigação, quase científica, dos mecanismos sociais.