Relações Sociais e Serviço Social no Brasil – Esboço de uma interpretação histórico-metodológica

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Contracapa: Neste livro, Marilda Villela Iamamoto e Raul de Carvalho apresentam uma contribuição  importante para o conhecimento das relações de classes no Brasil. Trata-se  de trabalho indispensável, pelos aspectos históricos e teóricos examinados. A história do Serviço Social no Brasil tem muito a ver com a história da sociedade brasileira. As atividades das instituições e dos profissionais do Serviço Social revelam novos e surpreendentes aspectos das relações sociais. Por um lado, são trabalhadores, operários, empregados e funcionários que estão em causa, como pessoas, famílias, grupos e categorias sociais. Por outro, são empresários, governantes e setores da Igreja que se acham em questão. Vistas em conjunto, e ao longo da história, essas relações expressam diferentes ângulos das relações de classes. Sob vários aspectos, este livro é importante para o conhecimento da teoria e prática do Serviço Social. Trata-se de mais uma contribuição notável à compreensão da história das relações e contradições de classes na sociedade brasileira.

Octavio Ianni

Uma Ética para o Novo Milênio

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Contra capa: Quanto mais coisas vejo no mundo, mais claro fica para mim que, sejamos ricos ou pobres, instruídos ou não, todos desejamos ser felizes e evitar os sofrimentos.

Constato que, de modo geral, as pessoas cuja conduta é eticamente positiva são mais felizes e satisfeitas do que aquelas que se descuidam da ética. Tentarei mostrar neste livro o que quero dizer com a expressão “conduta ética positiva”.

Uma revolução se faz necessária, mas não uma revolução política, ou econômica, ou mesmo tecnológica. O que proponho é uma revolução espiritual.

Ao pregar uma revolução espiritual, estaria eu afinal defendendo uma solução religiosa para nossos problemas? Não. Cheguei à conclusão de que não importa muito se uma pessoa tem ou não uma crença religiosa. Muito mais importante é que seja uma boa pessoa.

Estas declarações podem parecer estranhas, vindas de um personagem religioso. Porém, sou tibetano antes de ser Dalai Lama, e sou humano antes de ser tibetano. Portanto, como ser humano tenho uma responsabilidade muito maior para com toda a família humana – uma responsabilidade que na verdade todos nós temos.

Sua Santidade, o DALAI LAMA.

Orelhas: Cada uma de nossas ações conscientes e, de certa forma, toda a nossa vida podem ser vistas como resposta à grande pergunta que desafia a todos: “Como posso ser feliz?”

No entanto, estranhamente, minha impressão é que as pessoas que vivem em países de grande desenvolvimento material são de certa forma menos satisfeitas, menos felizes do que as que vivem em países menos desenvolvidos.

Esse sofrimento interior está claramente associado a uma confusão cada vez maior sobre o que de fato constitui a moralidade e quais são os seus fundamentos.

A meu ver, criamos uma sociedade em que as pessoas acham cada vez mais difícil demonstrar um mínimo de afeto aos outros. Em vez da noção de comunidade e da sensação de fazer parte de um grupo, encontramos um alto grau de solidão e perda de laços afetivos.

O que gera essa situação é a retórica contemporânea de crescimento e desenvolvimento econômico, que reforça intensamente a tendência das pessoas para a competitividade e a inveja. E com isso vem a percepção da necessidade de manter as aparências – por si só uma importante fonte de problemas, tensões e infelicidade.

O descaso pela dimensão interior do homem fez com que todos os grandes movimentos dos últimos cem anos ou mais – democracia, liberalismo, socialismo – tenham deixado de produzir os benefícios que deveriam ter proporcionado ao mundo, apesar de tantas ideias maravilhosas.

Meu apelo por uma revolução espiritual não é um apelo por uma revolução religiosa.

Considero que a espiritualidade esteja relacionada com aquelas qualidades do espírito humano – tais como amor e compaixão, paciência, tolerância, capacidade de perdoar, contentamento, noção de responsabilidade, noção de harmonia – que trazem felicidade tanto para a própria pessoa quanto para os outros.

É por isso que às vezes digo que talvez se possa dispensar a religião. O que não se pode dispensar são essas qualidades espirituais básicas.

As Invasões Bárbaras – O Declínio do Império Americano continua…

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Considerado um dos melhores filmes de 2003, As Invasões Bárbaras é um filme raro. Emocionante sem ser piegas e ao mesmo tempo moderno.

O diretor Denys Arcand promove o reencontro dos amigos de O Declínio do Império Americano dezoito anos depois. Eles estão juntos novamente para se despedir do divorciado Rémy, abatido por um câncer raro. A reunião é promovida por seu filho yuppie.

Sensível, envolvente, com um humor afinadíssimo e muito inteligente, As Invasões Bárbaras ganhou dois prêmios no Festival de Cannes: Melhor Roteiro e Melhor Atriz (Marie-Josée Croze), além de ser indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.

Colorido/ 94 min/ 18 anos

 

Cidades Rebeldes – Passe Livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil

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Contracapa:

Duas semanas de rebelião urbana que mudarão a história política brasileira? A mais rápida expressiva e surpreendente vitória popular de que se tem notícia em nosso país? Quem o diz não são os manifestantes mais envolvidos, mas a própria grande imprensa, num raro e único momento de perplexidade confessa. Até o próximo round, quando outros atores finalmente entrarem em cena, saberemos se as Jornadas de Junho começaram de fato a desmanchar o consenso entre “direita” e “esquerda” acerca do modus operandi do capitalismo no Brasil. Há vinte anos o país se tornou uma tremenda fábrica de consentimento, todos empenhados em se deixar esfolar com fervor. Batemos no teto? É o que a derrapagem histórica que detonou todo o processo sugere. Pela primeira vez a violência que restou da ditadura – e a “democracia” aprimorou -, aprisionando a política no aparato judiciário-policial, por algum motivo não funcionou. Um limiar certamente foi transposto. Resta saber qual, e logo. No que tudo isso vai dar? “Já está dando”, disse-me outro dia um taxista. – Paulo Eduardo Arantes.

Em duas semanas o Brasil que diziam que havia dado certo – que derrubou a inflação, incluiu os excluídos, esta acabando com a pobreza extrema e é um exemplo internacional – foi substituído por outro país, em que o transporte popular, a educação e a saúde públicas são um desastre e cuja classe política é uma vergonha, sem falar na corrupção. Qual das duas versões estará certa? É claro que todos esses defeitos já existiam antes, mas eles não pareciam o principal; e é claro que aqueles méritos do Brasil novo continuam a existir, mas parece que já não dão a tônica. O espírito crítico, que esteve fora de moda, para não dizer excluído da pauta, teve agora a oportunidade de renascer. A energia dos protestos recentes, de cuja dimensão popular ainda sabemos pouco, suspendeu o véu e reequilibrou o jogo. Talvez ela devolva à nossa cultura o senso da realidade e o nervo crítico. Sem falar no humor, que nos seus momentos altos ela sempre teve. – Roberto Schwarz

Pedalando na Modernidade: a bicicleta e o ciclismo na transição do século XIX para o XX.

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O livro de André Schetino compõe a coleção Sport: História, cujo objetivo é publicar investigações históricas que têm como objeto central as práticas corporais institucionalizadas (esporte, educação física, dança, capoeira, ginástica, práticas corporais alternativas), as encarando como uma possibilidade privilegiada de discutir um determinado contexto, em seus aspectos sociais, culturais, econômicos e/ ou políticos.

Em Pedalando na Modernidade: a bicicleta e o ciclismo na transição do século XIX para o XX, o autor insere o Brasil em uma discussão já bastante comum em muitos outros países do mundo, notadamente na Europa e nos Estados Unidos: o importante papel de um artefato, a bicicleta, gerou uma prática ao seu redor, o ciclismo, no contexto de construção do ideário da modernidade. Pelas páginas do estudo de André, vemos que nosso país, no mesmo momento que planejava se modernizar, coincidindo com o desembarque da prática esportiva por aqui, não ficou alheio a essa novidade que vinha de terras estrangeiras.

Devem destacar-se duas dimensões da investigação que gerou este livro. De imediato temos de reconhecer o louvável esforço do autor em compreender a ambiência em que se inseriu o desenvolvimento do ato de andar de bicicleta, tanto em Paris quanto no Rio de Janeiro, experiência bastante influenciada pela capital francesa. Nesse aspecto, André toma cuidado de não considerar esse relacionamento Brasil-França de forma extremamente linear, buscando captar as dissonâncias e as peculiaridades do que ocorreu em terras cariocas.

O segundo aspecto a ser exaltado nesta obra é o belo trabalho realizado com as fontes primárias. Para desvendar o que houve no Rio de Janeiro, André mergulhou a fundo em dois importantes periódicos do século XIX (O Paiz e O Jornal do Brasil), não se limitando a investigar as notícias específicas do esporte, mas também buscando informações em classificados, colunas sociais, anúncios de produtos e onde mais fosse possível encontrar algo sobre seu assunto de interesse.

Mesmo não possuindo graduação na área de História, para dar conta desses desafios André mergulhou profundamente em sua investigação, levando às raias da obsessão o desejo de realizar um belo estudo sobre este tema. Estas pesquisas contribuirão efetivamente, não só para que melhor se compreenda a outra faceta do campo esportivo, como também se possa enxergar a história do Rio de Janeiro (e em certo sentido do Brasil) a partir de outro ângulo.

O leitor certamente entenderá que não exagero ao afirmar que este livro é obrigatório para os que desejam ampliar seus conhecimentos sobre a história cultural do país, a partir de importantes construções simbólicas, com novos implementos, aplicadas em sua capital e cidade mais importante do século XIX.

Victor Andrade de Melo – Universidade Federal do Rio de Janeiro